O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, declarou que o presidente Nicolás Maduro quer regulamentar as redes sociais contra a "disseminação de ideias fascistas".
A medida seria possível por meio da mudança da conhecida "Lei Contra o Ódio", que costuma ser utilizada pelo governo venezuelano contra seus opositores.
Ele também ressaltou que neste momento sessões serão realizadas para aprovação do pacote de leis solicitado pelo presidente venezuelano para acabar com o "ódio social", "terrorismo" e "ideias fascistas" nas redes sociais.
Na quinta-feira passada (8), Maduro anunciou o bloqueio do acesso ao X (antigo Twitter) por 10 dias sob acusações de que a plataforma viola leis nacionais e incita a disseminação do ódio, o "fascismo" e a "guerra civil" no país.
Em 5 de agosto, o mandatário também disse que o WhatsApp está sendo usado para ameaçar a Venezuela, desinstalou o aplicativo de mensagens em um evento e recomendou aos cidadãos que utilizassem o Telegram, da Rússia, e o WeChat, da China.
As medidas acontecem em um momento de tensão política na Venezuela, desde o fim das eleições em que a oposição acusa Nicolás Maduro de fraude eleitoral.
Os opositores contestaram o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que deu vitória a Maduro, e apontam que seu opositor Edmundo Gonzáles, do partido de centro-direita Plataforma Unitária Democrática, venceu o pleito com 67% dos votos.
Países da América Latina, Brasil, Estados Unidos e Europa demonstraram preocupação com a situação na Venezuela e pediram transparência, como a apresentação das atas das urnas e o respeito ao cumprimento do resultado das eleições.